MotoGP
Os 8 pilotos que mereciam um título na MotoGP
Listamos os caras mais talentosos entre todos aqueles que não foram campeões mundiais
O piloto espanhol Dani Pedrosa está na casa dos 30 anos de idade. Aquele momento em que todo mundo começa a refletir o que já fez na vida, das piores bobagens às maiores conquistas. Bem, digamos que nesse sentido Pedrosa não tem muito do que reclamar.
Recentemente, assinou um novo contrato com a equipe Repsol Honda na MotoGP, o que significa que ele estará acelerando por aí por mais algum tempo.
Pedrosa tem uma carreira muito bem-sucedida, incluindo mais de 100 pódios e um total de 28 vitórias. Foi vice-campeão mundial três vezes, em 2007, 2010 e 2012. Mas uma velha questão ainda o persegue em qualquer entrevista: falta conquistar um título na categoria principal.
Falando francamente, no meio dessa constelação de talentos da MotoGP, é bem difícil enxergar Pedrosa no topo do mundo. E a história do campeonato está repleta de casos assim: caras extremamente habilidosos que acabaram não conseguindo a consagração máxima.
Será que ele vai virar esse jogo?
Aqui, listamos os oito melhores pilotos que jamais foram campeões.
Randy Mamola
O norte-americano Mamola tem um nome desses fáceis de guardar. E ficou ainda mais fácil porque num determinado momento da carreira, nos anos 1980, ele estava bombando na elite do motociclismo mundial. Mamola ganhou muitas corridas, mas nunca passou da segunda posição no campeonato. Principalmente porque teve o azar – se é que dá pra tratar assim – de competir contra lendas como Eddie Lawson, Freddie Spencer e Wayne Gardner. Aí, ficou difícil.
Nas 500cc: 13 vitórias, 54 pódios, 5 poles, 11 melhores voltas.
Max Biaggi
Ok, ele não tem um título da MotoGP. Mas foi tetracampeão das 250cc e bicampeão mundial de Superbike. Está bom pra você? É ou não é um cara para estar na lista dos melhores do mundo? De quebra, Biaggi era um desafeto de Valentino Rossi, o que automaticamente já faz de qualquer piloto uma estrela desse jogo.
Nas 500cc/MotoGP: 13 vitórias, 58 pódios, 23 poles, 14 melhores voltas.
Sete Gibernau
Sobrinho de Paco Bultó, dono das fabricantes Montesa e Bultaco, Gibernau era um campeão pré-moldado, cheio de boas conexões no mundo da velocidade. Chegou às 500cc na equipe de Wayne Rainey, em 1997, e já no ano seguinte assumiu a vaga na Repsol Honda para pilotar a famosa NSR500. Depois da aposentadoria de Michael Doohan, os olhos do mundo se voltaram para Gibernau, mas ele não “vingou”, apesar da qualidade.
Nas 500cc/MotoGP: 9 vitórias, 30 pódios, 13 poles.
Loris Capirossi
Outra lenda recente do esporte. Depois de estrear nas 500cc em 1995, Capirossi resolveu voltar às 250cc para mais algumas temporadas, mesmo tendo vencido corrida na categoria principal. Em 2000, ele finalmente retornou ao topo do esporte, passando por Honda, Ducati e Suzuki. Nessa brincadeira, foram 22 anos envolvido nas diferentes categorias que formam a programação da MotoGP.
Nas 500cc/MotoGP: 9 vitórias, 42 pódios, 13 poles, 10 melhores voltas.
Luca Cadalora
Durante seus três anos na Yamaha, Cadalora mostrou força, terminando como vice-campeão do mundo em 1994 (atrás apenas do imbatível Michael Doohan). O que fez na categoria principal foi o óbvio para um piloto de alto nível como ele: antes, já havia conquistado os títulos das 125cc e das 250cc.
Nas 500cc: 8 vitórias, 24 pódios.
Alexandre Barros
Um brasileiro entre os melhores do mundo nas motos. Ainda hoje isso parece bastante improvável! Mas Alex Barros conseguiu. Em 1993, aos 22 anos de idade, ele não só estava na elite do esporte como venceu pela primeira vez nas 500cc, subindo no pódio ao lado de Kevin Schwantz. Os melhores dias da carreira dele viriam pela equipe Honda Pons, entre 2000 e 2005, quando ganhou mais uma porção de corridas. Alex nunca chegou ao título, mas está fácil, fácil, na lista de grandes nomes da MotoGP.
Nas 500cc/MotoGP: 7 vitórias, 32 pódios, 5 poles, 14 melhores voltas.
Marco Melandri
Os primeiros anos do Melandri na MotoGP foram barra pesada. Mas ele acabou por brilhar quando assumiu um lugar na Honda (sempre ela) em 2005. Naquela temporada, Melandri foi vice-campeão atrás de um tal Valentino Rossi.
Na MotoGP: 5 vitórias, 20 pódios, 3 melhores voltas.
John Kocinski
Kocinski virou “o cara” na Superbike, conquistando títulos em sequência de 1987 a 1989. Isso rendeu um lugar na equipe de Kenny Roberts para disputar as 250cc em 1990. E Kocinski fez valer a chance: foi campeão logo de cara. Promovido às 500cc já no ano seguinte, fechou a temporada em terceiro lugar, atrás de Wayne Rainey e Michael Doohan. Ok, não é um fenômeno, mas é um ótimo nome pra fechar nossa lista.
Nas 500cc: 4 vitórias, 19 pódios.