Mauricio Nava - Ollie
© Leonardo Avelino
Skate

Veja como Mauricio Nava está levando o skate brasileiro para novas direções

Esse veterano de Volta Redonda está trazendo muita criatividade para as ruas do Rio de Janeiro e outros lugares...Veja a entrevista completa!
Escrito por Maíra Pabst e Greg Poissonnier
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Checkout: Maurício Nava

Maurício Nava trazendo criatividade para o skate brasileiro

Mauricio Nava é um skatista veterano brasileiro que tem um estilo bem peculiar. Há 20 anos na cena no skate nacional, Mauricio trocou as ruas de cidade natal, Volta Redonda, pelas ruas do abafado Rio de Janeiro. 
Além se skatista, aos 31 anos, Mauricio também é jornalista e passa boa parte do tempo viajando para andar de skate e desenvolver a sua criatividade nas manobras.
Esteve recentemente viajando pela Europa para gravar essa vídeo parte animal que você vê acima. Depois disso, batemos um papo com Mauricio para entender melhor o seu skate, de onde vem sua inspiração e etc. Esperamos que gostem! 
Mauricio, você tem uma pegada diferente no seu skate. De onde você tira inspiração? Quem você assistia quando era menor?
Obrigado. Lembro que o primeiro vídeo que eu assisti foi um VHS gravado da televisão da primeira copa do mundo de skate no Brasil, o campeonato Tribo. Me liguei que um cara fazia as manobras completamente diferente de todo mundo -- wallrides, bonelesses e uns ollies bonitos - em uma linha sem paradas, com uma sequência bem fluida. Essa foi a minha primeira impressão sobre o skate. 
O nome dele era Nilton Neves. No final dos anos 90, ninguém fazia manobras ‘old school’, então aquilo chamou minha atenção. Mesmo nas brincadeiras de escola, eu sempre quis fazer as coisas de uma maneira diferente. Depois disso, fui inspirado por Louie Barletta, Chris Haslam (que tive o prazer de andar outro dia com ele no Rio) e Daewon Song. 
Qual é sua manobra favorita dessa parte?
Essa pergunta é bem difícil. Penso em três ou quatro manobras que gosto bastante, como o wallie late flip, o manual laser flip manual, o double flip out e, talvez, o combo de Kulturforum, em Berlim.
Qual a sua rotina no Rio? Como é um típico dia do Mauricio?
Eu acordo, tomo um café olhando meu "jardim de Jah", relaxando e agradecendo a ele por mais um dia. Ai eu como algo, e saio para andar de skate. Sempre filmando alguma coisa, ou para mim, ou para amigos. Depois a gente curte alguma coisa no centro. No Rio sempre tem umas festas de graça na rua, então é onde a gente se encontra com os amigos. Mas ultimamente tenho ficado mais em casa e feito coisas como editar e relaxar. 

Você se interessa por outras coisas além do skate, ou é 100% um skate nerd?

Eu gosto de tirar fotos de arquitetura e coisas das cidade. Em breve farei uma exposição com meus amigos. No passado eu gostava de pintar, fazer cerâmica e aprendi alguns instrumentos. Sinto que preciso voltar a fazer tudo isso novamente, mas estou bem focado no skate e em produzir eventos. Estamos filmando um longa este ano.. 
O que o futuro guarda para você?
No momento os planos são lançar o meu model de tênis, um pro model que venho testando. Será o segundo da minha carreira e o primeiro com a Urbann, meu novo patrocinador. Também tenho um modelo de deck assinado e uma camiseta para sair com a Zion Skateboards.
Quero fazer novamente um viagem maluca pela Ásia e fazer outro documentário, e completar a minha missão de conhecer todos os estados brasileiros. Faltam somente 4 dos 27. Também quero continuar com meus projetos sociais de ensinar skate. Me sinto muito bem de ensinar a nova geração a fazer parte de tudo isso, mesmo com os problemas financeiros que temos no Brasil. 
Valeu, Mauricio! Quer dizer algo?
Obrigado Pedro Dylon por mais esse vídeo, agradeço a minha família, meus amigos e patrocinadores!