Escalada
Felipe Camargo escala a maior boca de caverna do mundo
Feito está registrado em 'Gigante de Pedra', novo filme da Red Bull TV
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Um patrimônio natural da humanidade, uma equipe preparada e um sonho de criança: escalar a maior boca de caverna do mundo. "Sempre escutei falar do Petar, desde os tempos de colégio. E pensava: será que essas cavernas são escaláveis?", diz Felipe Camargo, o maior escalador brasileiro.
Motivado pelo sonho, Felipe trabalhou duro por meses e estava disposto a responder essa pergunta. Ele sabia que não seria fácil, pois nunca ninguém havia escalado nas cavernas do Parque Estadual Turístico do Alto da Ribeira (Petar), entre as cidades de Iporanga e Apiaí, no sul do estado de São Paulo.
Pra realizar o feito, ele precisaria da ajuda de uma equipe fera, afinal não seria fácil abrir uma das vias mais difíceis da América Latina, na Gruta Casa de Pedra. "Queria uma via que fosse um desafio, e que se tornasse referência na América do Sul de escalada esportiva de parede, várias cordadas seguidas", conta.
A história dessa conquista é contada no documentário Gigante de Pedra (veja no player no alto desta página), nova produção da Red Bull TV. O filme narra em 37 minutos a jornada do atleta até o cume deste icônico patrimônio natural.
Gruta Casa de Pedra, PETAR
© Marcelo Maragni/Red Bull Content Pool
Eram percorridos 10km de trilhas para chegar à Gruta todos os dias
© Marcelo Maragni/Red Bull Content Pool
A felicidade de Felipe Camargo no cume da Gruta Casa de Pedra
© Marcelo Maragni/Red Bull Content Pool
'Gigante de Pedra': Felipe Camargo escala via no Petar, em São Paulo
© Marcelo Maragni / Red Bull Content Pool
Então, Felipe contou com a amizade e o trabalho dos escaladores Ruddy Proença, Alexandre Fei, Ralf Cortês, Alex Mendes e Pedro Leite, amigos e parceiros de Felipe Camargo no projeto. E para encarar os cerca de 215 metros da base até o topo da Gruta, Felipe abriu uma via de 280 metros, com trechos de altíssima dificuldade e negativos, além dos mais de 500 movimentos de mãos até a conclusão das oito cordadas (cada cordada representa a distância entre dois pontos-chave de rota na escalada) que levam ao cume.
Foi incrível fazer esse projeto acontecer e ter o apoio da Fundação Florestal e do Petar nessa conquista
Felipe Camargo escala a maior boca de caverna do mundo
© Marcelo Maragni/Red Bull Content Pool
“Tudo o que a gente esperava ser difícil, na hora, se mostrou ainda mais complicado. Tinham partes que pensávamos ser até impossíveis. Além disso, tivemos de caminhar cerca de 10km por dia na trilha. Não foi tão simples encontrar uma via, mas conseguimos e ela ficou maravilhosa. Foi melhor do que eu esperava”, analisa Felipe.
“Eu já fiz a primeira ascensão de várias vias difíceis aqui no Brasil, sendo esta uma das mais complexas por conta da logística e da quantidade de cordadas no mesmo dia”, afirma o escalador, que teve de dormir e comer içado na montanha. “Foi incrível fazer esse projeto acontecer e ter o apoio da Fundação Florestal e do Petar nessa conquista. Deixa a sensação de que tudo o que você quiser e colocar tempo, energia e dedicação, por mais distante que pareça, pode acontecer”, completa.
Por fim, Felipe ainda deixou como legado aos amantes do esporte uma via esportiva de menor dificuldade.
Felipe Camargo na pré-estreia de 'Gigante de Pedra'
© Marcelo Maragni / Red Bull
Ruddy Proença, Felipe Camargo, Alex Mendes: pré-estreia 'Gigante de Pedra'
© Marcelo Maragni / Red Bull
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