Fórmula 1
Viaje pelas curvas mais incríveis da Fórmula 1
Das mais rápidas e complicadas até as mais icônicas e amadas pelos fãs, aqui estão as curvas que fizeram fama na F1
Pode ser a velocidade total ou as chances de ultrapassagem que mudam uma corrida. Cada fã de Fórmula 1 tem suas próprias ideias sobre o que faz uma curva emocionante. Algumas causam até medo - ou pelo menos uma grande irritação - nos corações dos profissionais mais experientes. Viaje com a gente pelas curvas mais radicais da F1, que fazem os melhores pilotos do mundo tremerem.
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Mais amigável pros fãs: T1, Circuito das Américas, EUA
Composto por seções inspiradas em algumas das mais icônicas pistas de F1, o Circuito das Américas já é um dos maiores sucessos de design. Mas a grande pista texana também apresenta um clássico próprio: sua poderosa primeira curva, a T1 ou "Big Red", como os locais chamam. Os carros sobem pela reta de largada/chegada até o ponto mais alto do circuito antes de virarem bruscamente pra esquerda. Ao contrário do que acontece nas maiorias das pistas, essa tem várias linhas de aproximação que podem gerar ultrapassagens. É também uma das curvas mais favoráveis pros fãs: dá pra assistir a toda a ação das arquibancadas e ainda curtir o show depois do Grande Prêmio.
Daniel Ricciardo: "É um dos melhores circuitos que temos no calendário. Você pode ultrapassar em quatro lugares diferentes. Há algumas pistas em que você tem dificuldade pra passar uma vez, então ter quatro oportunidades diferentes cria uma atmosfera muito boa que incentiva você a lutar."
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Mais icônica: Eau Rouge, Spa-Francorchamps, Bélgica
Mônaco tem glamour e prestígio, mas Spa-Francorchamps continua sendo o teste mais completo pros pilotos. A gente poderia falar de Pouhon ou Blanchimont , mas a Eau Rouge-Raidillon é uma curva única. Os carros saem da linha de largada/chegada, contornam o "hairpin" (grampo de cabelo) em La Source e descem pra Eau Rouge na parte inferior, procurando o ápice quando a pista vai pra esquerda em Raidillon antes de se inclinarem pra subida da reta Kemmel.
Max Verstappen: "É uma curva incrível. Hoje em dia, na F1, ela é fácil, mas a compressão que você sente ao passar por ela é insana. Sem dúvida, é uma das minhas curvas favoritas da temporada."
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Mais testes: T11, Circuito Internacional do Bahrein, Bahrein
Com seu clima consistente, o Bahrein é o local preferido pelas equipes pros testes de F1. Mas apesar da familiaridade dos pilotos, a pista ainda pode ser imprevisível. O Bahrein é atingido por fortes ventos cruzados que podem tirar os carros da linha de corrida. Embora a superfície seja aderente, o ar úmido do deserto gera menos "downforce", e a curva T11 fica no final de uma zona de DRS (Sistema de Redução de Arrasto, que permite que os carros reduzam o arrasto aerodinâmico, aumentando a velocidade máxima nas retas), o que acrescenta outro elemento aerodinâmico a ser controlado. Se os pilotos entrarem bem na curva, eles podem manter o pé embaixo o tempo todo até a seção final. Mas esse também é um ótimo ponto de ultrapassagem, no qual um piloto que freia tarde pode ganhar uma posição - ou perder, com a mesma facilidade, se estiver desequilibrado ao entrar na curva.
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Maior força G: 130R, Suzuka, Japão
A 130R é um dos pontos altos da temporada pra qualquer piloto de F1
© Getty Images/Red Bull Content Pool
Essa é a peça central de uma das pistas mais difíceis da F1 e um dos pilares dos videogames de automobilismo. A 130R leva o nome despretensioso de seu raio de 130 m, mas essa curva de duplo ápice é uma das mais rápidas e temidas nas corridas. Os pilotos saem da Spoon Curve e entram em uma longa reta traseira pra se aproximar da 130R quase sem inclinação. É uma das curvas mais rápidas do calendário e recompensa os pilotos mais corajosos.
No Grande Prêmio do Japão de 2025, Max Verstappen quebrou o recorde da pista pra conquistar a pole e ainda ganhou a corrida. Perguntado por um repórter sobre como foi fazer a volta perfeita em Suzuka, disse: "Se você quiser dirigir o carro, eu posso deixar você tentar. Mas acho que você vai fazer cocô nas calças".
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Mais gratificante: Maggotts-Beckett, Silverstone, Reino Unido
Maggots-Beckett é a combinação de curvas mais exigente e técnica das corridas, mas Silverstone é um circuito tão rápido e fluido que é difícil considerar as seções isoladamente. Poderíamos começar a contar uma curva atrás e combinar Copse a Maggotts-Beckett porque a entrada pras duas curvas sai da enorme curva Copse. Se o piloto acerta a entrada, o carro ficará plantado numa esquerda e numa direita rápidas antes de forçar uma redução de marcha dupla pra outra direita rápida na saída. O piloto faz isso quase sem parar, exercitando os músculos do pescoço. A saída leva direto até a Curva da Capela e a Reta do Hangar - então, talvez devesse chamar Copse-Maggotts-Beckett-Chapel.
Jolyon Palmer: "Maggots e Becketts são praticamente uma única curva agora, porque você fica com o pé pregado nela toda. O final não é totalmente plano, mas você fica feliz em fazer concessões pra entrar na parte certa da pista pra saída."
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Mais física: Campsa, Circuito de Barcelona-Catalunha, Espanha
Uma curva pra direita em sexta marcha a todo vapor. A Campsa é uma montanha russa de curvas que começa com uma entrada completamente cega e, em seguida, muda de uma seção de subida íngreme pra uma saída em descida acentuada, o que torna comum os pilotos avaliarem mal a saída e correrem pro asfalto.
Mark Webber: "A força G faz com que você sinta como se seu corpo estivesse sendo espremido. Em uma curva rápida, a força G surge lateralmente à medida que damos a volta, de modo que as costelas, o quadril e o pescoço ficam espremidos na borda do assento. A força surge lentamente e atinge o pico no meio da curva. Mas quando você aciona o pedal do freio, os níveis G sobem e descem. Essa sensação é completamente diferente. Você pisa no freio com muita força, então a força G é extremamente alta, mas desaparece rapidamente."
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Mais bonita: T3, Red Bull Ring, Áustria
O Red Bull Ring, um dos favoritos dos fãs, foi construído na encosta de uma montanha repleta de pinheiros, com uma vista imponente de uma vasta planície que abriga a cidade de Spielberg bem abaixo. Os pilotos saem da reta de largada/chegada, viram bruscamente pra direita e começam a perseguição pela colina até o T3 - o ponto alto do circuito. Na saída, o DRS será aberto, dando a uma ótima oportunidade de ultrapassar antes da seção técnica, já que a pista leva de volta pela montanha até a reta de largada/chegada. Se o piloto carregasse o celular, a T3 seria o local perfeito pra uma selfie com as montanhas de um lado e a paisagem ondulante da Estíria do outro.
Max Verstappen: "O GP da Áustria é sempre especial. É claro que é a casa da Red Bull, então temos um bom número de fãs austríacos e também muitos holandeses."
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Mais rápida: 21-22, Circuito Jeddah Corniche, Arábia Saudita
Finalmente chegamos a uma chicane, normalmente divertida pros pilotos. Mas essa chicane em particular é a mais assustadora da F1 e forma a parte mais desafiadora do circuito de rua mais rápido do Mundial. A curva 21 no Jeddah Corniche é uma entrada cega pra esquerda, feita em sexta marcha, com um muro à esquerda, antes de uma rápida varredura pra direita. Em 2021, quando a pista fez sua estreia na F1, tanto Charles Leclerc quanto Mick Schumacher sentiram a ira dessa chicane. Foram feitas alterações em 2023 pra reduzir a velocidade de entrada e ampliar a seção, mas ela continua sendo um teste severo até mesmo pros melhores pilotos do mundo.
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Mais confiável: Hugenholtzbocht, Zandvoort, Holanda
Zandvoort é um circuito apertado e sinuoso, sempre lotado com o exército laranja de fãs de Max Verstappen. A curva mais estranha do circuito mais excêntrico da temporada é a Hugenholtz, de alta velocidade à esquerda. Ela apresenta uma inclinação de 18 graus, permitindo que os carros façam uma entrada larga e alta ou uma entrada estreita e baixa, com o objetivo de ficar à frente do seu rival antes sair. Batizada com o nome do projetista da pista, Jon Hugenholtz, que também projetou Suzuka, a curva se adapta perfeitamente ao estilo de pilotagem de Max.
Max Verstappen: "A pista é muito legal, especialmente a curva 3, onde a inclinação é incrível. Eu não esperava que a inclinação fosse tão grande, mas é muito legal dirigir um carro de F1 nela. A última curva... também é bem inclinada e, com os novos carros e o DRS aberto, será um bom desafio e muito divertido."
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Mais histórica: Parabólica, Monza, Itália
E pro grande final, que outra curva poderia ser escolhida se não a longa e arrebatadora curva final do Templo da Velocidade, a Parabólica — agora renomeada Curva Alboreto? Conquistar a última curva em uma volta do circuito mais rápido da F1 exige total comprometimento e coragem. Ao rodar com o mínimo de downforce, os carros ficam nervosos e dependem dos pneus pra manter a aderência, enquanto aumentam constantemente a potência ao passar por essa longa curva.
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