Max Verstappen nos tempos de  Scuderia Toro Rosso
© Jarno Schurgers / Red Bull Content Pool
Fórmula 1

Verstappen, Vettel e o legado da Scuderia Toro Rosso

A partir deste ano, equipe passa a se chamar Scuderia AlphaTauri
Escrito por Gabriel Curty
4 min de leituraPublished on
A Toro Rosso terá outro nome a partir de 2020: surgirá a Scuderia AlphaTauri. Em linhas gerais, nada muda na operação, a equipe segue com sede em Faenza, chefiada por Franz Tost e terá Pierre Gasly e Daniil Kvyat como titulares, mas não deixa de ser uma espécie de fim de uma era.
A Toro Rosso foi, por mais de uma década, sinônimo de celeiro de ótimos talentos. Afinal, foi dela que grandes pilotos do grid atual da F-1 e outros que estão em outras categorias deram o primeiro passo em um campeonato de ponta. Basicamente, estamos falando do time com mais capacidade de revelar craques que a F-1 teve neste século.
Veja no vídeo abaixo o último carro da Toro Rosso na Fórmula 1.

1 min

Scuderia Toro Rosso STR14 - revelação

Descubra o Scuderia Toro Rosso STR14.

O primeiro ano da equipe italiana foi 2006, então formada por Vitantonio Liuzzi, dono de grande currículo no kart, e Scott Speed, uma promessa norte-americana. Os dois acabaram não vingando e, durante a temporada 2007, Speed acabou sacado para a entrada de Sebastian Vettel. Precisamos dizer que deu certo?
Foi do alemão a única pole e a única vitória que o time conquistou na F-1, em uma exibição histórica no GP da Itália de 2008. Uma temporada e meia foi mais do que suficiente para que Seb fosse promovido para a Red Bull Racing, abrindo um caminho que seria bastante natural nos anos seguintes e conquistando quatro títulos pelo time austríaco. Até aqui, sem dúvida, a grande revelação da Toro Rosso.
Sébastien Bourdais e Jaime Alguersuari vieram na sequência e realmente não fizeram depois da passagem pela Toro Rosso mais do que tinham feito antes. No caso de Bourdais, um cara quatro vezes campeão da Indy, mas foram quase que os dois únicos casos de insucesso além de Brendon Hartley, que apareceu em 2017 após se destacar no WEC.
No meio do caminho aí surgiram, por exemplo, Sébastien Buemi e Jean-Éric Vergne, que não brilharam na F1, mas que hoje têm carreiras espetaculares fora dela. O suíço tem dois títulos do WEC e outro da Fórmula E, enquanto o francês é o atual bicampeão da F-E. Sem dúvidas, estão entre os principais pilotos do mundo mesmo sem grandes feitos na F-1.
Max Verstappen, Toro Rosso

Max Verstappen, Toro Rosso

© Scuderia Toro Rosso

Dos pilotos que continuam na principal categoria do esporte a motor, além de Vettel, o destaque maior é Max Verstappen, que iniciou a trajetória pela Toro Rosso em 2015 com apenas 17 anos. Por ali o holandês ficou até o GP da Rússia de 2016, quando foi promovido para a Red Bull Racing na vaga de Kvyat. A estreia foi na Espanha e, de cara, uma vitória. Já são oito, além de 31 pódios e o terceiro lugar no campeonato de 2019. Vai ser campeão mundial mais cedo ou mais tarde, dá para cravar.
Mas nem só de protagonistas completos vive o sistema de revelação de pilotos da Toro Rosso. Muitos pilotos que compõem bem o grid também passaram por lá. Atualmente, estamos falando de Daniel Ricciardo, que comanda o processo de reestruturação da Renault, Carlos Sainz Jr., responsável direto pela ótima temporada da McLaren, Alexander Albon, sensação da Red Bull Racing, além de Kvyat e Gasly, que já chegaram a passar pela equipe principal e que conquistaram os dois únicos pódios da escuderia de Faenza além do de Vettel em Monza em 2008.
Primeiro degrau para as principais promessas do incansável programa de jovens pilotos da Red Bull, a Toro Rosso vai seguir revelando sem parar nos próximos anos. Agora, porém, com o nome de Scuderia Alpha Tauri.
Baixe o app da Red Bull TV e tenha acesso a todos os nossos vídeos! Disponível na App Store e na Play Store.