Fabio Wibmer leva o ciclismo a uma realidade alternativa com "Video Game"
O novo filme "Video Game" foi filmado de uma forma inovadora. De onde surgiu essa ideia?
Sempre quis saber se era possível produzir algo com a influência de um videojogo no ciclismo. Coisas que não funcionam bem na realidade, mas que num jogo são possíveis, graças a um personagem fictício. O espectador deve sentir que o que vê não é real, mas está registado na vida real e, portanto, tudo é real. Para nós foi uma grande ideia e um grande desafio concretizá-la.
Quais foram as maiores dificuldades?
Por onde começar... A verdade é que queria regressar da minha lesão com um projeto mais simples, mas quando subo para a minha bicicleta, quero dar o melhor. Assim, foi acontecendo de uma forma complexa. Desde o backflip no helicóptero, a saltar desde um penhasco, houve de tudo. Talvez destaque a parte artistica de implementar a visão de um videojogo no vídeo, tanto de quem o protagoniza, como de quem grava e também de como o espectador o irá ver.
Neste projeto, trocas três vezes de bicicleta como se fosse o mais fácil do mundo...
Sim, andei em três bicicletas completamente diferentes e que exigem habilidades diferentes. Foi uma loucura. Não foi fácil mudar de disciplina durante a gravação, mas o meu objetivo é chegar ao mais alto nível em cada uma. Do ponto de vista desportivo, este foi o maior desafio de todos os meus vídeos, sem dúvida.
O que torna este projeto único?
Por um lado, claramente, a combinação de três tipos de bicicletas no mesmo filme e as sensações e vibrações que ele transmite. Por outro lado, o equilíbrio entre o real e o irreal e a forma que encontrámos para concretizar as ideias que tínhamos, que me obrigaram a melhorar. Tenho a certeza de que até quem não costuma andar de bicicleta, mas gosta de videojogos, vai gostar muito deste vídeo e, quem sabe, até tentar alguma manobra...
Como te sentiste durante as filmagens?
A sensação quando tudo terminou foi indescritível: alívio, orgulho, nervosismo, emoção pura. E a parte mais bonita é que partilhas essas emoções com a equipa. Éramos cinco, passámos muito tempo juntos e foi especialmente divertido porque estivemos muito tempo sem o fazer, por causa da minha lesão. Somos uma equipa que trabalha como um relógio e começámos imediatamente a trabalhar na Côte d'Azur. Apesar de haver dias de até 40 graus na sombra.