A ciência por trás do Wingfinder

Cada área do modelo Wingfinder compreende diferentes fortalezas, em um total de 25, oferecendo milhões de combinações possíveis e exclusivas. O Wingfinder avalia essas quatro áreas em 35 minutos, por meio de aproximadamente 280 perguntas com cinco formatos de avaliação diferentes. Todos são autoavaliados e avaliados em comparação com outras pessoas. A avaliação agrega valor ao oferecer aos indivíduos uma percepção e um feedback positivo significativo sobre suas habilidades, com orientações de treinamento voltado à ação e ao desenvolvimento em sua vida profissional. Para candidatos a vagas na Red Bull, a avaliação faz parte de nosso processo de seleção geral.

Nas fases de validação do desenvolvimento do Wingfinder, mais de 10.000 pessoas participaram, fornecendo dados para criar um instrumento com a capacidade de prever a probabilidade de empregabilidade e sucesso em cargos baseados em conhecimento. O modelo Wingfinder é inspirado no modelo original de determinantes de empregabilidade e sucesso na carreira de Hogan et al (2013). Em suas meta-análises de milhares de estudos científicos publicados, empregabilidade foi descrita como a capacidade de obter e manter um emprego, enquanto que algumas medidas usadas para descrever o sucesso na carreira foram renda, promoções, níveis de responsabilidade, tempo fora do mercado de trabalho e classificações de gerentes. Outros estudos também exploraram a relação entre fatores de personalidade e intra/empreendedorismo e criatividade (Leutner, Ahmetoglu, Akhtar, Chamorro-Premuzic, 2014).

As habilidades foram validadas por meio de testes psicológicos já existentes do IPIP, que é uma das baterias de testes de referência mais usadas em construtos psicológicos. O fator Pensamento do Wingfinder mede a capacidade de raciocínio abstrato e de resolução de problemas complexos através do raciocínio espacial e numérico. Uma referência para Pensamento foi estabelecida usando a medida de capacidade cognitiva ICAR‐16, um benchmark usado globalmente, assim como a avaliação “Matrigma” da Hogan Assessment.

Existem validações contínuas que garantem que o teste continue preciso e confiável, incluindo estudos sobre o conteúdo, validade discriminante, convergente, interna e preditiva, impacto desproporcional e estudos de confiabilidade. Isto gera a oportunidade de aprimorar continuamente o Wingfinder, para que ele seja uma ferramenta valiosa para pessoas que estejam procurando emprego ou um feedback para desenvolvimento.

Tradicionalmente, as avaliações de personalidade são baseadas em questões escritas, com respostas de múltipla escolha baseadas em texto, tendo sido demonstrado que elas são eficazes na previsão de resultados autênticos em contextos comerciais e acadêmicos (Chamorro-Premuzic & Furnham, 2003 e Barrick & Mount, 1991). Conforme a tecnologia se expande, nossa aceitação de avaliações aumenta, aumentando também a aceitação de testes on-line não supervisionados, abrindo novas oportunidades de apresentação das perguntas de modo mais envolvente e dinâmico (ou seja, usando imagens como respostas) e permitindo o estabelecimento de um diálogo mais rico com os participantes do teste, sem comprometer a validade das escalas de testes baseadas em texto tradicionais.

Perguntas visuais são mais intuitivas, gerando um tempo de reação mais rápido por pergunta em comparação a perguntas baseadas em texto com o mesmo número de opções (Horn, 2001; Chandler e Sweller, 1991). As taxas de conclusão também são maiores. Perguntas de natureza mais pessoal podem ser apresentadas usando eufemismos, permitindo que o significado da pergunta seja transferido de um modo mais implícito. Além disso, uma imagem pode transmitir ideias e conceitos mais complexos, ou até mesmo mais específicos em termos de emoções, que o texto isolado.

A seleção de imagens requer muitos estágios de validação para reduzir a distração e as variáveis externas. As imagens devem apresentar um nível de abstração semelhante para que o significado possa ser transmitido, mas não devem ser abertamente desejáveis em comparação às outras perguntas no conjunto de itens. Existem prós e contras em qualquer formato de perguntas de teste (Harrigan, Rosenthal & Scherer, 2008), mas à medida que compreendemos melhor o que determina o comportamento, seremos mais precisos ao formular perguntas que revelem comportamentos subjacentes. Os métodos usados para desenvolver o Wingfinder mostraram que a avaliação é válida e confiável na descrição dos aspectos da personalidade que apresentam mais influência que quaisquer outros como componentes de empregabilidade e sucesso na carreira. As pesquisas científicas publicadas sobre a avaliação Wingfinder podem ser vistas aqui (Leutner, Yearsley, Codreanu, Borenstein, Ahmetoglu 2017).